Descansar em seus braços,
e me deixar ficar.
Assistir você fugir
e nunca ter todo o seu tempo.
Guardar em todas as letras
as lembranças de um bom começo.
É triste escrever;
é difícil falar;
E quando parei para pensar,
percebi que é mais simples do que apenas ouvir.
Do fim ao princípio.
Amar.
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Poesia (se é que é poesia) escrita em algum dia de 2005.
.
Aqui você encontra alguns textos pinçados ao longo do tempo para esses posts. 'Poesia sem papel' é um espaço aberto a críticas, então, sinta-se à vontade... Se quiserem copiar e colocar em blogs, Instagram, e afins, é só copiar e sinalizar minha autoria. O link para o blog: http://poesiasempapel.blogspot.com. Os textos estão registrados na Biblioteca Nacional e são de minha autoria.
domingo, 29 de novembro de 2009
ROTAÇÃO
Grãos de areia fugidios,
não há modo de os fazer parar,
em teus lábios meus calafrios,
de perda que não posso evitar.
Não suportas me ver partir
e segura forte minha mão,
mas para viver me deixa seguir
e abandonar nossa última direção.
Me entregas ao meu caminho
e de pouco em pouco vou sumindo
a estrada é forte e vou chorando
ganhando ritmo e resistindo.
A sete passos distantes, tudo escureceu;
vozes, carros, tudo se estranhou e se ocultou
e dos nosso olhos se esqueceu,
o dia em que o nosso mundo parou.
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Poesia (se é que sou poeta...) escrita em algum dia de 2005...
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não há modo de os fazer parar,
em teus lábios meus calafrios,
de perda que não posso evitar.
Não suportas me ver partir
e segura forte minha mão,
mas para viver me deixa seguir
e abandonar nossa última direção.
Me entregas ao meu caminho
e de pouco em pouco vou sumindo
a estrada é forte e vou chorando
ganhando ritmo e resistindo.
A sete passos distantes, tudo escureceu;
vozes, carros, tudo se estranhou e se ocultou
e dos nosso olhos se esqueceu,
o dia em que o nosso mundo parou.
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Poesia (se é que sou poeta...) escrita em algum dia de 2005...
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009
PERFUMES
A janela está aberta,
teu perfume me espreita lá fora,
as luzes todas acesas,
as pessoas olhando umas às outras
nenhuma que se conheça,
todos familiares e vizinhos,
todos estranhos e sozinhos.
cada um e suas definições,
todos atordoados por todos os sons
e seus perfumes tontos
odores e olores desvairados,
entretanto, entre tantos não me confundo,
cônscio de que há o perfume que é teu lá fora.
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Poesia (se é que é poesia) escrita no ano de 2006.
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teu perfume me espreita lá fora,
as luzes todas acesas,
as pessoas olhando umas às outras
nenhuma que se conheça,
todos familiares e vizinhos,
todos estranhos e sozinhos.
cada um e suas definições,
todos atordoados por todos os sons
e seus perfumes tontos
odores e olores desvairados,
entretanto, entre tantos não me confundo,
cônscio de que há o perfume que é teu lá fora.
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Poesia (se é que é poesia) escrita no ano de 2006.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
POESIA INSTANTÂNEA
esta poesia que recito agora
está sendo produzida nesta hora
não que seja obra do improviso em ação
mas uma mistura de sentimento e premonição
resgatada na escuridão da noite
quando veio à nuca e me arrepiou num açoite
ouriçou meus pêlos prontos para corte
alheios sem vontade nem sorte
com um desejo único de existir
num lento e obstinado por vir
trepou nas pernas e se arrastou no peito
arrancou-me costela e me fez sujeito
exposto e doído
doido varrido
premido por um tempo falso
e uma periférica morte em meu encalço
louca e desatinada
que nunca me dirá nada
corro então cheio de pressa
nesse jogo só morro com muita peça
Rainha, bucha de sena, Rei
na poesia que pesquei
vitória anunciada por dados jogados na madrugada
no tabuleiro de uma poesia imediata.
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... poesia (se é que é poesia) pensada em 09 de agosto de 2009.
está sendo produzida nesta hora
não que seja obra do improviso em ação
mas uma mistura de sentimento e premonição
resgatada na escuridão da noite
quando veio à nuca e me arrepiou num açoite
ouriçou meus pêlos prontos para corte
alheios sem vontade nem sorte
com um desejo único de existir
num lento e obstinado por vir
trepou nas pernas e se arrastou no peito
arrancou-me costela e me fez sujeito
exposto e doído
doido varrido
premido por um tempo falso
e uma periférica morte em meu encalço
louca e desatinada
que nunca me dirá nada
corro então cheio de pressa
nesse jogo só morro com muita peça
Rainha, bucha de sena, Rei
na poesia que pesquei
vitória anunciada por dados jogados na madrugada
no tabuleiro de uma poesia imediata.
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... poesia (se é que é poesia) pensada em 09 de agosto de 2009.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
BRILHO DE SOL
| O maior temor consolidado. O pior dos fatos. O pior dos momentos. Olhei para o horizonte e meus olhos arderam e o ardor penetrou meu corpo e desfez a minha suposta beleza e desfez as minhas suposições. O guarda-chuva se abriu expôs minha carne fraca e calou as gotinhas inocentes que caíam na terra. Restam agora fotos impensáveis um temor incontestável e a doçura impecável da esperança destruída numa face que mudou ante o grito incessante daquela manhã e a ferida aberta, ainda viva por alguns segundos e tão fracamente soluça desamparada, ao ver completa a sua ruína. |
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Trilha de pão
O mundo disparou à minha frente
Já de início distante
Fluiu esperto por entre a multidão
E eu
Tendo meus dedos presos às dobraduras
Pude apenas vê-lo sumir adiante
Imponente
Radiante.
Sem pé
Nem mão
Nem fé
Nem chão
Vi o mundo sair da minha frente
Abrir caminho para o desconhecido
Me fazendo tropeçar no vazio
E encarar bem feio a minha vida num fio
Todos os nacos de meu pão
Todos os artistas do meu circo
A história para depois dormir
E o pesadelo do meu destino que não tem fim
Ó passagem apertada
Deixa-me chegar do outro lado
Tocar a paisagem apressada que minha lembrança não apaga
Deixa-me acordar do outro lado
E ver que este é o sonho
e eu, enganado.
Poesia (se é que é poesia) escrita em 02 de agosto de 2008.
Já de início distante
Fluiu esperto por entre a multidão
E eu
Tendo meus dedos presos às dobraduras
Pude apenas vê-lo sumir adiante
Imponente
Radiante.
Sem pé
Nem mão
Nem fé
Nem chão
Vi o mundo sair da minha frente
Abrir caminho para o desconhecido
Me fazendo tropeçar no vazio
E encarar bem feio a minha vida num fio
Todos os nacos de meu pão
Todos os artistas do meu circo
A história para depois dormir
E o pesadelo do meu destino que não tem fim
Ó passagem apertada
Deixa-me chegar do outro lado
Tocar a paisagem apressada que minha lembrança não apaga
Deixa-me acordar do outro lado
E ver que este é o sonho
e eu, enganado.
Poesia (se é que é poesia) escrita em 02 de agosto de 2008.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
DENTRO
| perdido no medo um escuro local eu não entendo não devia ser assim não devia sentir assim acho que meu peito ainda não sarou estou doído e doido para que esta dor passe Tudo! Me explica esta solidão... se entendesse talvez não sentisse talvez, pelo menos, não tanto... uma lágrima teimosa que não rola uma dor que não pára me sinto só uma outra noite em que o mundo se abre num vazio sem tamanho e eu perdido sem tamanho no infindo cenário da solidão todos dormem e mais uma vez me vejo só que maldição! maldita seja esta maldição! quero vê-la extinta antes de mim longe de mim e nem mesmo vê-la realmente quero quero esquecê-la mas parece que faz parte de mim... |
Poesia (se é que é poesia) escrita em algum dia de 2009. |
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