O mundo disparou à minha frente
Já de início distante
Fluiu esperto por entre a multidão
E eu
Tendo meus dedos presos às dobraduras
Pude apenas vê-lo sumir adiante
Imponente
Radiante.
Sem pé
Nem mão
Nem fé
Nem chão
Vi o mundo sair da minha frente
Abrir caminho para o desconhecido
Me fazendo tropeçar no vazio
E encarar bem feio a minha vida num fio
Todos os nacos de meu pão
Todos os artistas do meu circo
A história para depois dormir
E o pesadelo do meu destino que não tem fim
Ó passagem apertada
Deixa-me chegar do outro lado
Tocar a paisagem apressada que minha lembrança não apaga
Deixa-me acordar do outro lado
E ver que este é o sonho
e eu, enganado.
Poesia (se é que é poesia) escrita em 02 de agosto de 2008.
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