quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DENTRO

perdido no medo
um escuro local
eu não entendo

não devia ser assim
não devia sentir assim
acho que meu peito ainda não sarou
estou doído e doido para que esta dor passe

Tudo! Me explica esta solidão...

se entendesse talvez não sentisse
talvez, pelo menos, não tanto...

uma lágrima teimosa que não rola
uma dor que não pára
me sinto só

uma outra noite em que o mundo se abre num vazio sem tamanho
e eu perdido sem tamanho
no infindo cenário da solidão
todos dormem e mais uma vez me vejo só

que maldição!
maldita seja esta maldição!
quero vê-la extinta antes de mim
longe de mim
e nem mesmo vê-la realmente quero
quero esquecê-la
mas parece que faz parte de mim...


Poesia (se é que é poesia) escrita em algum dia de 2009.

2 comentários:

Anônimo disse...

A dor de uma solidão é parte de você como uma segunda pele, mas a dor de um não esquecer é como uma cicatriz profunda na alma. A herança da sua existência é uma completa e obscura maldição,que ensurdece o peito te fazendo gritar pelos dedos,letras e frases sem sentimento.
Será q vc as tem?

Prof. Alan Santos² disse...

Sentimentos não se acabam, você os deixa definhar sem alimento, até que, de tão fracos se deixam esquecer... Mas continuam lá, inteiros... Então, eu as tenho sim, mas vivo em luta para deixá-las tão fracas quanto possa...