ficara mudo
um relâmpago e nenhum trovão
só havia luz reluzindo nos olhos
no ar, nenhum som.
eu nem conhecia mais as palavras
os meus livros todos se fecharam
e não restou nem uma
e minhas idéias, amarradas aos sentimentos,
sem possível fuga para fora de mim;
era tanta matéria viva em meu peito
sem caminho para a liberdade
sem que a vida pudesse dela saber
que fiquei mudo
acreditando que suportaria esse mundo em mim
com muitos gritos a me sufocar
que por um momento sonhei suportar
mas era a febre do silêncio já a me afetar
meu mundo ficou com minha voz
e deixou-me em angústia, sem sons
meu mundo chorou
e eu, calado, nada sabia dizer
medroso em minha privação
relutei sem fim, sem cansar até cansar
e amanheci sereno, pronto para lutar
ficara mesmo mudo
mas fora só naquele dia
meu mundo marcou-me com a dor do meu silêncio
e não mais me emudece
eu, mesmo mudo,
mudo, mesmo que não queira, o mundo
e mudo, mesmo que não queira o mundo.
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Poesia (se é que é poesia) escrita há pelo menos três anos…
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2 comentários:
esse papo de "mudo", "silêncio", não é pra mim, parece-me carência de expressão, pelo fato de não conseguir "fazer barulho", ou seja, se deixar passar despercebido, que tédio. não é uma crítica, é só o meu referencial.
AMEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIII, uaal quanto sentimento brotando do meu professor de física *---* que honraa ... eu tenho um professor talentosoo e doido ... misturou as duas coisas primordias =D
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