sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tarde de chuva

A chuva está chovendo
molhada
e a minha doçura não me permite encontrá-la.

A chuva está chovendo
e o meu tempo de esperar por ela não cessa
molhar meu corpo e expor minha alma

essa chuva que não passa
cessa, chuva que não passa
ela, chuva que não cessa

molha minhas mãos, não me deixa passar
pássaro que já não sabe voar
abatido a gotas, sem se molhar

correu, se perdeu e eu,
esperando ela me chamar,
não o vi voltar

vou voar, voar e voar
livre céu adentro
até o limpo céu, mesmo neste tempo

um vôo além de nuvens
de encontro ao vento
verter tudo ao meu favor

esqueça a chuva
nem sei mais da chuva
(Que chuva?)

desejo do céu que vejo
não sei da chuva, se ela passou
do céu azul ou de sua cor

quero ver tudo ter seu sabor
beber da água da chuva
bêbado de seu azul licor

a chuva se vai pois quero ver
quero ver, pois, se a chuva não cai
logo saio e quero logo ver

ensaio meu parto para viver
num raio me lanço para ser
ensaio e saio para enfim te ver

viver e ver tudo ter sua cor
um sortudo, que pôs em tudo uma certa cor
ser e ter no mundo a cor do céu azul de amor...

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Poesia (se é que há poesia) escrita num dia desses de minha vida...

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa é a "graça"... Não terminar...
A emoção das primeiras linhas, as ondas de inspiração que te levaram até as últimas e as reticências que ficaram em seu silêncio... Sim, exatamente aí, suponho, está o ponto... Encerra a zona de conforto e nasce, vem à luz ou morre.
Almas...

Andreza magalhães disse...

Que lindinho *--*
agora passa lá no www.deehmf.tumblr.com e confira os meus textos .. ( e de outros também, rs ;P)

Carolaine Santos disse...

Lindaaaaaaaaaa, amei muito essa u.u