A chuva está chovendo
molhada
e a minha doçura não me permite encontrá-la.
A chuva está chovendo
e o meu tempo de esperar por ela não cessa
molhar meu corpo e expor minha alma
essa chuva que não passa
cessa, chuva que não passa
ela, chuva que não cessa
molha minhas mãos, não me deixa passar
pássaro que já não sabe voar
abatido a gotas, sem se molhar
correu, se perdeu e eu,
esperando ela me chamar,
não o vi voltar
vou voar, voar e voar
livre céu adentro
até o limpo céu, mesmo neste tempo
um vôo além de nuvens
de encontro ao vento
verter tudo ao meu favor
esqueça a chuva
nem sei mais da chuva
(Que chuva?)
desejo do céu que vejo
não sei da chuva, se ela passou
do céu azul ou de sua cor
quero ver tudo ter seu sabor
beber da água da chuva
bêbado de seu azul licor
a chuva se vai pois quero ver
quero ver, pois, se a chuva não cai
logo saio e quero logo ver
ensaio meu parto para viver
num raio me lanço para ser
ensaio e saio para enfim te ver
viver e ver tudo ter sua cor
um sortudo, que pôs em tudo uma certa cor
ser e ter no mundo a cor do céu azul de amor...
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Poesia (se é que há poesia) escrita num dia desses de minha vida...
Aqui você encontra alguns textos pinçados ao longo do tempo para esses posts. 'Poesia sem papel' é um espaço aberto a críticas, então, sinta-se à vontade... Se quiserem copiar e colocar em blogs, Instagram, e afins, é só copiar e sinalizar minha autoria. O link para o blog: http://poesiasempapel.blogspot.com. Os textos estão registrados na Biblioteca Nacional e são de minha autoria.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
MUDO
ficara mudo
um relâmpago e nenhum trovão
só havia luz reluzindo nos olhos
no ar, nenhum som.
eu nem conhecia mais as palavras
os meus livros todos se fecharam
e não restou nem uma
e minhas idéias, amarradas aos sentimentos,
sem possível fuga para fora de mim;
era tanta matéria viva em meu peito
sem caminho para a liberdade
sem que a vida pudesse dela saber
que fiquei mudo
acreditando que suportaria esse mundo em mim
com muitos gritos a me sufocar
que por um momento sonhei suportar
mas era a febre do silêncio já a me afetar
meu mundo ficou com minha voz
e deixou-me em angústia, sem sons
meu mundo chorou
e eu, calado, nada sabia dizer
medroso em minha privação
relutei sem fim, sem cansar até cansar
e amanheci sereno, pronto para lutar
ficara mesmo mudo
mas fora só naquele dia
meu mundo marcou-me com a dor do meu silêncio
e não mais me emudece
eu, mesmo mudo,
mudo, mesmo que não queira, o mundo
e mudo, mesmo que não queira o mundo.
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Poesia (se é que é poesia) escrita há pelo menos três anos…
um relâmpago e nenhum trovão
só havia luz reluzindo nos olhos
no ar, nenhum som.
eu nem conhecia mais as palavras
os meus livros todos se fecharam
e não restou nem uma
e minhas idéias, amarradas aos sentimentos,
sem possível fuga para fora de mim;
era tanta matéria viva em meu peito
sem caminho para a liberdade
sem que a vida pudesse dela saber
que fiquei mudo
acreditando que suportaria esse mundo em mim
com muitos gritos a me sufocar
que por um momento sonhei suportar
mas era a febre do silêncio já a me afetar
meu mundo ficou com minha voz
e deixou-me em angústia, sem sons
meu mundo chorou
e eu, calado, nada sabia dizer
medroso em minha privação
relutei sem fim, sem cansar até cansar
e amanheci sereno, pronto para lutar
ficara mesmo mudo
mas fora só naquele dia
meu mundo marcou-me com a dor do meu silêncio
e não mais me emudece
eu, mesmo mudo,
mudo, mesmo que não queira, o mundo
e mudo, mesmo que não queira o mundo.
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Poesia (se é que é poesia) escrita há pelo menos três anos…
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Shhhhhh
O silêncio mais longo da história.
O momento maior da ausência de sons.
É preciso evitar até pensamentos.
Eles sim são ruidosos.
E se você ouvir algo,
Tenha calma.
Em pouco tempo estará extinto este pecado.
Será banido.
A existência alcançando a ausência...
Ainda estou aqui e ouço.
Por sorte, não a minha voz.
Não! Não a minha!
Emudeci.
Calei.
Sumi.
Esse aí é outro.
Essa voz é de outro.
Perceba o silencio chegar
É ele que emana de mim.
Concedo a ele existir,
abdico do que é meu,
do que sou eu,
do que não acabou
e agora e aqui,
por decreto,
impera o silêncio,
que é só meu
que sou eu._________________________________________________________
Poesia (se é que é poesia) escrita em algum dia da minha existência...
quinta-feira, 24 de junho de 2010
SHHHHHH!!!
O silêncio mais longo da história.
O momento maior da ausência de sons.
É preciso evitar até pensamentos.
Eles sim são ruidosos.
E se você ouvir algo,
Tenha calma.
Em pouco tempo estará extinto este pecado.
Será banido.
A existência alcançando a ausência...
Ainda estou aqui e ouço.
Por sorte, não a minha voz.
Não! Não a minha!
Emudeci.
Calei.
Sumi.
Esse aí é outro.
Essa voz é de outro.
Perceba o silencio chegar
É ele que emana de mim.
Concedo a ele existir,
abdico do que é meu,
do que sou eu,
do que não acabou
e agora e aqui,
por decreto,
impera o silêncio,
que é só meu
que sou eu._________________________________________________________
Poesia (se é que é poesia) escrita em algum dia da minha existência...
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