há tempos o som que saía do meu peito era abafado
há tempos o pulso era muito e sem vontade
e agora não há mais tempo
você não está aqui
você que me tirou o chão
que me tirou o sono
me embebedou de paixão
me fez querer correr
e agora querer sair e estar aí
onde quer que esteja
onde quer que seja
foi o seu riso que me chamou
a sua alegria me enlaçou
a sua íris me hipnotizou
e o seu perfume me embriagou
e sou refém do que me faz lembrar
prisioneiro num mundo de ciências
com olhos para os dias de encontrar o seu
espero você me esperar
espero o momento em que poderei correr
espero o momento em que vou encontrar
espero ainda encontrar um lugar
seu coração habitar
um dia e nos outros todos
no dia que tiver seu olhar
a saudade dói demais
esta saudade que me deixa tonto
a saudade e todas essas tardes que não são como aquelas
e todas as manhãs e as noites que não são iguais
eu quero o fim da saudade
que não morra em meu peito
essa saudade, que se esqueça de mim
quando estiver com você.
Você enfim
De novo assim
De novo
E eu assim
De novo enfim
E eu Assim
De novo
Dois nós atados no fim.
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Poema escrito em abril de 2008, quando a ideia de uma Pandemia surgia apenas em roteiros de filmes.
Agora, em 2020, os humanos se veem encolhidos em sua diminuta realidade frágil de animal.
Poema escrito em abril de 2008, quando a ideia de uma Pandemia surgia apenas em roteiros de filmes.
Agora, em 2020, os humanos se veem encolhidos em sua diminuta realidade frágil de animal.
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#quarentena #TBTpoetico #TBT #
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