Quanto valor há em mim?
Quanto valor há no outro?
Conhecer um pouco mais o outro,
é um ouro que não dispenso,
pois volta e meia me flagro tenso,
e penso:
Já que somos todos,
em outros dias,
Outros além de nós mesmos,
Outros, estes que somos nós.
Outros nós nos outros,
desatados nós que vivem intensos
cheios de voz.
Cantam, dançam, sorriem
e vão bem longe de nós
e nunca, nunca mesmo estão realmente sós.
Porque afinal, somos nós...
Então retorno e penso,
retomo meu pensamento
e repenso quão valoroso é sim,
se voltar ao outro;
olhar para o outro;
admirar o outro...
Já que o outro que existe
existe assim,
como um pedaço de mim
uma extensão do sim,
sinônimo de nós,
sinônimos de mim.
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Poema acontecido por mim em um dia Internacional da mulher,
do século XXI.
